Laboratory predictors of survival in ovarian cancer

SUMMARY OBJECTIVE To relate disease-free survival and overall survival with type I and type II ovarian cancer and preoperative laboratory parameters biomarkers. METHODS A retrospective study was carried out based on the collection of data from medical records of patients with ovarian tumors. Kaplan-Mayer curves were drawn based on the statistical analysis of the data and were compared using the Log-rank test. RESULTS Disease-free survival in type I ovarian cancer was significantly higher than in type II (p=0.0013), as well as in those with normal levels of CA-125 (p=0.0243) and with a platelet-lymphocyte ratio (PLR) lower than 200 (p=0.0038). The overall survival of patients with type I ovarian cancer was significantly higher than in patients with type II, as well as in patients with normal CA-125 serum levels (p=0.0039) and those with a preoperative fasting glucose of less than 100 mg/dL. CONCLUSION CA-125 levels may predict greater overall and disease-free survival. PLR < 200 may suggest greater disease-free survival, whereas normal fasting glucose may suggest greater overall survival.

RESUMO OBJETIVO Relacionar a sobrevida livre de doença e sobrevida global com câncer de ovário tipos I e II, assim como com parâmetros laboratoriais pré-operatórios biomarcadores. MÉTODOS Estudo retrospectivo realizado com base na coleta de dados de prontuários de pacientes com tumor ovariano. As curvas de Kaplan-Mayer foram realizadas em relação à análise estatística dos dados, sendo comparadas pelo teste de Log-rank. RESULTADOS A sobrevida livre de doença nas pacientes com câncer de ovário tipo I foi significativamente maior do que nas pacientes com câncer de ovário tipo II (p = 0,0013), bem como maior naquelas com níveis normais de CA-125 (p = 0,0243) e com relação plaquetas-linfócitos (RPL) inferior a 200 (p = 0,0038). A sobrevida global de pacientes com câncer de ovário tipo I foi significativamente maior do que em pacientes com tipo II, maior em pacientes com níveis séricos normais de CA-125 (p = 0,0039) e naquelas com glicemia de jejum pré-operatória menor que 100 mg / dL. CONCLUSÃO Os níveis de CA-125 podem predizer uma sobrevida global e livre de doença. A RPL < 200 pode sugerir uma maior sobrevida livre de doença, enquanto uma glicemia normal de jejum, uma maior sobrevida global.

Avaliação da nefrotoxicidade induzida por aminoglicosídeos através do clearance de creatinina / Evaluation of nephrotoxicity by aminoglycosides through of creatinine clearance

Objetivo: Aminoglicosídeos são drogas potencialmente nefrotóxicas e seu uso requer monitorização da função renal. O objetivo foi avaliar a nefrotoxicidade induzida por aminoglicosídeos através dos níveis de creatinina sérica e do clearance da creatinina. Métodos: Estudo retrospectivo no período de maio/2002 a abril/2004, em que foram avaliados os prontuários médicos de todos os pacientes que receberam gentacimina ou amicacina, com dosagem sérica de creatinina antes e durante ou após o uso de drogas. A nefrotoxicidade foi definida através de dois parâmetros: como aumento maior ou igual 0,05 mg/dL na creatinina sérica ou redução maior ou igual 20% no clearence da creatinina, a partir dos valores basais. Resultados: Foram avaliados 89 pacientes hospitalizados (74,2% homens e 25,8% mulheres) que receberam gentamicina (70,8%) ou amicacina (29,2%), totalizando 98 ciclos monitorizados pela creatinina sérica. Em 34 ciclos (34,7%) houve aumento da creatinina sérica e em quatro casos (11,8%) este foi indicativo de nefrotoxicidade, comparado a 15 pacientes (44,1%) com nefrotoxicidade pelo parâmetro de redução do clearance da creatinina. Este parâmetro apresentou especificidade (77,1%) e valor preditivo positivo (44,1%) maiores que o observado para creatinina sérica (68% e 11,7%, respectivamente). A associação de cefalosporina e a depleção de potássio sérico foram mais frequentes (p menor que 0,05, teste exato de Fisher) no grupo de pacientes que desenvolveram nefrotoxicidade, comparado ao grupo sem essa alteração. Conclusões: O parâmetro da creatinina sérica apresentou menor valor preditivo para a nefrotoxicidade induzida pelos aminoglicosídeos, comparado ao clearance da creatinina. Os principais fatores de risco detectados para a nefrotoxicidade foram associação de cefalosporina e depleção de potássio sérico.

Avaliação do uso e monitorização de aminoglicosídeos em pacientes internados em um Hospital Universitário / Evaluation of use and monitoring of aminoglycosides in patients from an universitary hospital

Avaliar o uso e monitorização de aminoglicosídeos em pacientes internados em um hospital universitário. Estudo prospectivo e observacional, em que foram avaliadas as fichas de prescrição de antibióticos e os prontuários de pacientes internados no HE/FMTM, que receberam aminoglicosídeo, durante o período de maio/2002 a abril/2003. Foram avaliados 325 pacientes (65,2 por cento homens e 34,8 por cento mulheres) recebendo gentamicina (77,2 por cento) ou amicacina (22,8 por cento), no total de 376 ciclos. As culturas foram realizadas em 81 (21,5 por cento) ciclos, sendo negativas em 45,7 por cento e positivas em 54,3 por cento casos, com crescimento de Gram-negativos em 52,3 por cento das culturas. A principal bactéria isolada foi Escherichia coli (39,2 por cento), seguida de Enterobacter cloacae (17,4 por cento) e Klebsiella pneumoniae (17,4 por cento). O antibiograma mostrou que as amostras foram sensíveis a outros antibióticos. A monitorização dos níveis séricos de creatinina foi feita antes e após (ou durante) o tratamento em 68 (18,1 por cento) ciclos. Aumento de creatinina sérica foi detectado em 22 (32,2 por cento) ciclos; em 21 (95,4 por cento) o aumento foi menor que 0,5 mg/dL e em um (4,6 por cento) caso foi indicativo de nefrotoxicidade (³0,5 mg/dL acima do basal). Dentre esses pacientes, seis (27,3 por cento) tiveram redução do clearance da creatinina abaixo do limite inferior de normalidade, considerando sexo, idade e peso. A gentamicina foi o principal aminoglicosídeo utilizado, principalmente de forma empírica. O antibiograma mostrou que existem alternativas eficazes aos aminoglicosídeos em pacientes com fatores de risco para toxicidade renal. Comparado à creatinina sérica, o clearance da creatinina foi um parâmetro mais útil para avaliar possível nefrotoxicidade.

The relationship of host immune cells, cytokine and nitric oxide production to tumor cells in ovarian carcinoma

This brief review focuses on the current understanding of the complex relationship of tumor-associated mononuclear cells (TAMs) with neoplastic cells, summarizing their immunological efficiency, cytokine profile and production of nutric oxide (NO) in the tumor microenvironment, with current insights on how this might affect tumor growth. Data source: Data eas obtained through Medline from articles indexed during the last 10 years. The main key words used in the research were: cancer, ovarian cancer, cytokine, nitric oxide (NO), mononuclear cell, lymphocyte, macrophage. Selection of studies and data collection: 30 studies were reviewed, which contained data regarding the production of cytokines and NO by TAMs or malignant cells, and tried to establish a correlation between these mediators and tumor growth, especially in ovarian carcinoma. Data summary: TAMs consist mainly of macrophages and T lymphocytes which present lower proliferative indices and cytotoxicity compared to autologous blood monocytes, although they are able to release various cytokines. The profile of cytokine expression could help to explain both the immunological impairment observed in patients with advanced carcinoma diseases and the potential of TAMs to exert antitumor activity, which makes these cells an attractive target for therapeutic intervention. NO is also produced in the tumor microenvironment. Several reports in animals suggest a tumoricidad role for NO, but in human tumors its role has not been well-established and may change during tumor progression.